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O que é pólipo no intestino? Causas e tratamento explicado

Este artigo foi publicado pelo autor Stéfano Barcellos em 05/10/2024 e atualizado em 05/10/2024. Encontra-se na categoria Artigos.

Os pólipos intestinais são formações anormais que ocorrem na mucosa do intestino. Embora muitos casos de pólipos sejam benignos, alguns podem se transformar em câncer ao longo do tempo. Neste artigo, abordaremos o que são os pólipos intestinais, suas causas, fatores de risco, métodos de diagnóstico e tratamento, além de responder a algumas perguntas frequentes sobre o tema.

O que são pólipos intestinais?

Pólipos no intestino são pequenas projeções que surgem na parede interna do cólon ou do reto. Esses pólipos podem variar em tamanho e forma, podendo ser lisos ou ter uma aparência de arvore. A maioria dos pólipos não causa sintomas e é descoberta durante exames de rotina, mas alguns podem levar a complicações se não forem tratados adequadamente.

Tipos de pólipos

Existem diversos tipos de pólipos intestinais, sendo os mais comuns:

Pólipos adenomatosos

Os pólipos adenomatosos são considerados pré-coces, uma vez que têm o potencial de se transformar em câncer. Existem três subtipos principais de pólipos adenomatosos: tubulares, vilosos e tubulovilosos, cada um com diferentes riscos de malignização.

Pólipos hiperplásticos

Estes pólipos são geralmente pequenos e não têm um alto risco de se tornarem cânceres. Eles são mais frequentemente encontrados no cólon distal.

Pólipos inflamatórios

Associados a condições inflamatórias do intestino, esses pólipos geralmente não representam risco de câncer, mas podem ser indicativos de doenças intestinais mais sérias, como a colite ulcerativa.

Causas dos pólipos intestinais

Embora a causa exata dos pólipos intestinais ainda não seja totalmente compreendida, alguns fatores de risco e condições podem aumentar a probabilidade de seu desenvolvimento.

Fatores de risco

Os fatores de risco para o desenvolvimento de pólipos intestinais incluem:

Idade avançada

A maioria dos pólipos intestinais ocorre em indivíduos acima dos 50 anos. O risco aumenta com a idade.

Histórico familiar

Pessoas com histórico familiar de pólipos intestinais ou câncer colorretal têm maior chance de desenvolver pólipos.

Doenças inflamatórias intestinais

Condições como a colite ulcerativa e a doença de Crohn estão associadas a um aumento no risco de pólipos e câncer colorretal.

Dieta

Uma dieta rica em gorduras saturadas, carnes processadas e baixa em fibras pode ser um fator que contribui para o aumento dos pólipos intestinais.

Sintomas dos pólipos intestinais

Muitos pólipos intestinais não apresentam sintomas, o que torna ainda mais importante a realização de exames regulares. No entanto, quando os pólipos são grandes ou em número considerável, podem causar alguns sinais, como:

Diagnóstico de pólipos intestinais

O diagnóstico dos pólipos intestinais é geralmente feito durante exames de triagem, especialmente em populações de risco.

Exames de triagem disponíveis

Colonoscopia

A colonoscopia é o exame mais eficaz para a detecção de pólipos intestinais. Durante este exame, um médico insere um tubo flexível com uma câmera no reto para visualizar o cólon. Se pólipos forem encontrados, eles podem ser removidos durante o procedimento.

Sigmoidoscopia

A sigmoidoscopia é semelhante à colonoscopia, mas permite a visualização apenas da parte inferior do cólon. Este exame é menos comum, mas pode ser usado em casos específicos.

Exames de imagem

Exames de imagem, como a tomografia computadorizada (TC) ou a ressonância magnética (RM), podem ser úteis em certos casos, especialmente para avaliar a presença de pólipos em pessoas que não podem se submeter a uma colonoscopia.

Tratamento para pólipos intestinais

O tratamento para pólipos intestinais depende do tipo e da gravidade dos pólipos encontrados.

Remoção de pólipos

A remoção de pólipos é geralmente feita durante uma colonoscopia. O profissional de saúde pode utilizar diferentes técnicas de remoção, como a ressecção por eletrocoagulação, que envolve a destruição do pólipo com corrente elétrica.

Acompanhamento e monitoramento

Após a remoção de pólipos, é crucial que o paciente realize exames de acompanhamento regulares. Dependendo do tipo e da quantidade de pólipos, o médico pode recomendar a repetição da colonoscopia em intervalos de três a cinco anos.

Mudanças no estilo de vida

Mudanças na dieta e no estilo de vida podem ajudar a reduzir o risco de formação de novos pólipos. Isso inclui:

Conclusão

Os pólipos intestinais são formações comuns que podem não apresentar sintomas, mas que apresentam risco de câncer. A detecção precoce através de triagem regular é essencial para prevenir complicações mais graves. Caso você tenha fatores de risco, conversas com um profissional de saúde sobre a realização de exames de triagem são fundamentais. Além disso, adotar um estilo de vida saudável pode ajudar a reduzir ainda mais o risco de pólipos intestinais.

Perguntas frequentes (FAQ)

1. Quais são os sintomas de pólipos no intestino?

Os pólipos intestinais geralmente não causam sintomas, mas em casos mais avançados, podem causar sangramento, dor abdominal e mudanças nos hábitos intestinais.

2. Como os pólipos são diagnosticados?

Os pólipos são diagnosticados tipicamente através de exames de triagem, como a colonoscopia, que permite visualizar diretamente o cólon e remover pólipos, se necessário.

3. Todo pólipo intestinal precisa ser removido?

Não necessariamente. Entretanto, se um pólipo for adenomatoso ou se houver múltiplos pólipos, a remoção e o monitoramento são recomendados para prevenir o câncer.

4. Qual a relação entre pólipos e câncer?

Alguns tipos de pólipos, especialmente os adenomatosos, têm o potencial de se transformar em câncer colorretal ao longo do tempo. A detecção precoce e a remoção são importantes para prevenção.

5. Com que frequência devo realizar exames de triagem para pólipos?

A frequência dos exames de triagem depende de fatores pessoais, como idade e histórico familiar. Em geral, a triagem é recomendada a cada 10 anos a partir dos 50 anos, mas recomendações mais frequentes podem ser dadas em casos de risco elevado.

Referências

  1. Instituto Nacional de Câncer - Brasil
  2. Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva
  3. American Cancer Society
  4. Mayo Clinic - Adenomatous Polyps
  5. MedlinePlus - Colon Polyps

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