O que é bexiga baixa? Causas e tratamentos explicados

Este artigo foi publicado pelo autor Stéfano Barcellos em 05/10/2024 e atualizado em 05/10/2024. Encontra-se na categoria Artigos.

A bexiga baixa, também conhecida como cistocele ou prolapso de bexiga, é uma condição que ocorre quando a bexiga se projeta para a frente na parede vaginal. Essa situação pode causar desconforto e diversos problemas na saúde da mulher. No Brasil, muitas mulheres convivem com essa condição sem saber exatamente o que é, suas causas e como tratá-la. Neste artigo, vamos explorar em profundidade o que é bexiga baixa, quais são suas causas, os tratamentos disponíveis e muito mais.

O que é a bexiga?

A bexiga é um órgão muscular localizado na pelve, responsável por armazenar a urina produzida pelos rins antes de ser excretada do corpo. Ela pode se expandir à medida que se enche e se contrai para eliminar a urina durante a micção. A saúde da bexiga é fundamental para o bem-estar geral e a qualidade de vida, especialmente para as mulheres, que podem enfrentar problemas específicos relacionados à saúde do sistema urinário.

Estrutura e função da bexiga

A bexiga é composta por camadas de tecido muscular liso, que permitem sua expansão e contração. Quando a bexiga está cheia, os nervos detectam a pressão e enviam sinais ao cérebro, avisando que é hora de urinar. A bexiga também está cercada por outros órgãos, como o útero e o reto, e sua posição pode ser afetada por fatores como o envelhecimento, gravidezes repetidas e o aumento da pressão intra-abdominal.

O que é bexiga baixa?

A bexiga baixa refere-se ao deslocamento da bexiga para a frente na vagina devido à fraqueza dos músculos e ligamentos que sustentam a pelve. Essa condição pode ser leve, moderada ou severa, dependendo do grau de prolapso. Nos casos mais graves, pode-se observar que a bexiga se projeta para fora da vagina.

Sintomas da bexiga baixa

Os sintomas da bexiga baixa podem variar de mulher para mulher, mas alguns dos sintomas mais comuns incluem:

• Sensação de pressão ou peso na pélvis.
• Incontinência urinária, que pode ser de esforço (vazamento ao tossir, rir ou se exercitar).
• Dificuldade em iniciar ou manter a micção.
• Sensação de que a bexiga não está completamente vazia após urinar.
• Dor ou desconforto durante a relação sexual.

Causas da bexiga baixa

Fatores de risco

Existem vários fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da bexiga baixa. Eles incluem:

• Idade: Com o envelhecimento, os músculos e tecidos do assoalho pélvico podem se tornar mais fracos, aumentando o risco de prolapso.
• Gravidez e parto: As mulheres que tiveram múltiplas gravidezes ou partos vaginais têm maior risco devido à pressão exercida sobre a pelve durante esses processos.
• Obesidade: O excesso de peso aumenta a pressão sobre a pelve e pode contribuir para o enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico.
• Trabalho físico pesado: Levantar objetos pesados regularmente pode causar tensão nos músculos do assoalho pélvico.
• Constipação crônica: O esforço repetido para evacuar pode danificar os músculos do assoalho pélvico.
• Crianças: Mulheres que tiveram múltiplos filhos geralmente enfrentam um risco maior de desenvolver bexiga baixa.

Diagnóstico da bexiga baixa

Para diagnosticar a bexiga baixa, o médico geralmente realizará um exame físico, incluindo um exame pélvico para verificar a presença de prolapso. Além disso, pode ser solicitado um histórico médico detalhado e, em alguns casos, testes adicionais, como ultrassonografia, urodinâmica ou cistoscopia, para avaliar a função da bexiga e a presença de outros problemas.

Tratamentos para bexiga baixa

Opções de tratamento conservadoras

As opções de tratamento para bexiga baixa podem variar dependendo da gravidade do prolapso e dos sintomas apresentados pela paciente. Em muitos casos, tratamentos conservadores são eficazes e incluem:

• Exercícios do assoalho pélvico: Conhecidos como exercícios de Kegel, esses exercícios ajudam a fortalecer os músculos que sustentam a bexiga e outros órgãos pélvicos.
• Terapia hormonal: Para mulheres na menopausa, a terapia de reposição hormonal pode ajudar a melhorar a elasticidade dos tecidos vaginais, aliviando os sintomas.
• Pessário: Um pessário é um dispositivo que é colocado na vagina para suportar a bexiga e evitar o prolapso. É uma opção não cirúrgica, que pode ser usada de forma temporária ou permanente.

Tratamento cirúrgico

Nos casos mais severos de bexiga baixa, onde o tratamento conservador não é eficaz, pode ser necessária uma cirurgia para reparar o prolapso. As opções de cirurgia incluem:

• Colpopexia: Essa cirurgia envolve a fixação da bexiga à parede vaginal usando suturas ou malhas para fornecer suporte.
• Histerectomia: Em alguns casos, a remoção do útero pode ser necessária se houver um prolapso uterino associado.
• Cirurgia de suspensão da bexiga: Essa técnica visa elevar a bexiga e fixá-la em uma posição correta, evitando assim o prolapso.

Recuperação após o tratamento

A recuperação após o tratamento pode variar. No caso de tratamentos conservadores, como os exercícios de Kegel, os resultados podem ser notados em algumas semanas. Para cirurgias, a recuperação pode levar semanas ou meses, dependendo do tipo de operação realizada. Durante este período, é fundamental seguir as orientações médicas e evitar atividades que possam aumentar a pressão sobre a pelve.

Prevenção da bexiga baixa

A prevenção da bexiga baixa envolve algumas práticas que podem ajudar a fortalecer os músculos do assoalho pélvico e reduzir o risco de prolapso. Algumas dicas incluem:

• Praticar exercícios regularmente: Exercícios aeróbicos, como caminhada, natação e ciclismo, podem ajudar a manter um peso saudável e fortalecer os músculos do assoalho pélvico.
• Fazer exercícios de Kegel: Realizar esses exercícios de forma regular pode aumentar a força e a resistência dos músculos pélvicos.
• Manter uma dieta saudável: Uma dieta rica em fibras pode prevenir a constipação, reduzindo a pressão sobre a pelve.
• Evitar levantar pesos excessivos: Se você trabalha em um ambiente que exige levantamento de pesos, tenha cuidado para evitar esforços desnecessários que possam danificar seus músculos.
• Tratar a tosse crônica: Se você tem uma condição que causa tosse persistente, considere consultar um médico, pois isso pode afetar seus músculos pélvicos.

Conclusão

A bexiga baixa é uma condição que pode impactar significativamente a qualidade de vida das mulheres. Embora seja comum, muitas mulheres não têm consciência de seus sintomas e tratamentos. O entendimento dos fatores que contribuem para o desenvolvimento da bexiga baixa é crucial para sua prevenção e tratamento. Se você estiver enfrentando sintomas dessa condição, não hesite em procurar ajuda médica. Com as opções de tratamento disponíveis, é possível melhorar a qualidade de vida e o bem-estar geral.

FAQ

A bexiga baixa é comum?

Sim, a bexiga baixa é uma condição comum entre mulheres, especialmente aquelas que já tiveram gestações, partos vaginais e aquelas que estão em idade avançada.

Quais são os principais sintomas da bexiga baixa?

Os principais sintomas incluem sensação de pressão na região pélvica, incontinência urinária, dificuldade para urinar e desconforto durante a relação sexual.

O tratamento cirúrgico é sempre necessário?

Não, o tratamento cirúrgico não é sempre necessário. Muitas mulheres podem se beneficiar de tratamentos conservadores, como exercícios do assoalho pélvico e o uso de pessários.

Como posso saber se tenho bexiga baixa?

A melhor maneira de saber se você tem bexiga baixa é procurar um médico que pode realizar um exame físico e, se necessário, exames adicionais.

É possível prevenir a bexiga baixa?

Sim, a prevenção é possível através de exercícios regulares, cuidados adequados durante a gravidez, uma dieta saudável e evitando esforços excessivos.

Referências

1. Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). "Prolapso Genital."
2. National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (NIDDK). "Cistocele (Bexiga Baixa)."
3. Mayo Clinic. "Bexiga Baixa (Cistocele)."
4. American Urological Association (AUA). "Cuidado da Saúde da Bexiga."
5. Organización Mundial de la Salud. "Saúde da Mulher e Doenças do Aparelho Urinário."

Stéfano Barcellos

Stéfano Barcellos é um apaixonado por sonhos e conhecimento. Desde jovem, sempre foi fascinado pelo universo onírico e pela maneira como nossos sonhos podem refletir nossas emoções, medos e aspirações. Com uma formação em Psicologia e vasta leitura sobre mitologia e simbolismo, Stéfano decidiu compartilhar suas descobertas e interpretações com o mundo, criando o blog Neo Inês. Para ele, cada sonho é uma janela para o subconsciente, e sua missão é ajudar as pessoas a entenderem melhor essas mensagens ocultas.

Além de seus estudos sobre sonhos, Stéfano também se dedica à pesquisa de curiosidades e fenômenos curiosos do cotidiano. Ele acredita que o conhecimento é uma ferramenta poderosa para expandir a mente e enriquecer a vida. Por meio do Neo Inês, ele busca criar uma comunidade onde todos possam aprender, compartilhar experiências e se inspirar mutuamente. Com uma escrita envolvente e acessível, Stéfano convida você a embarcar nessa jornada de autoconhecimento e descoberta.